Sobre a difícil arte em se
relacionar, temos um exemplo na Santa Ceia, a mesa. Basta se doar.
Assistindo “Comer, rezar e amar”, um filme que transcede a religiosidade,
a personagem Elizabeth, vivida por Julia Roberts deixa uma pista: “nossa
família esta onde nos encontramos”.
Onde esta sua família?
O mundo digital toma nosso
tempo. Extrai do homem, o ócio quanto ao tratamento interpessoal/físico.
A todo momento estamos interligados a todos, presos em uma bolha. Um passo após
o outro, o lugar confortável é comum.
Abrir a porta para o dito
“novo”, não obstante, fenômeno esquecido; causa ânsia, angustias aflitivas a
vista, em vista ao efeito de uma geração que vive reclusa em suas
ostras. Migrar à fronteira que insisti em esbarrar em nossas incertezas, é
necessário um salto e alçar os pés do chão, requer malandragem, um amor
insuportável a si. Que face ante todo o medo, suportamos a dor de nos despirmos
de todo nosso preconceito.
Olho no relógio, já passa da
uma. O silêncio aos poucos vem tomando posse nessa noite cujo adjetivo perfeito
me foge agora. Um dia como outro, o diferencial, talvez seja que aos
quarenta e cinco minutos do segundo tempo, a bola bateu na trave, reclamando o
empate.
Na inexistência da falta de
algo, abro a geladeira, uma cerveja… Nas pequenas caixas acopladas a meu
computador, tenho a companhia de uma banda do reino UK – The Kinks. Lanço
um sorriso irônico sob o irreverente refrão “lá lá lá…” de “Autumn
Almanac”, sinto cócegas sensoriais.
As folhas não cessam de cair,
dai você se pergunta: e dai? Nossa família esta no outro. Partindo desse
suposto, por quem ou o que estamos optando?
Só mais um pouco de
cerveja, prometo. Para quem sabe, justifique este devaneio.
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