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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O mundo líquido – Estamos desintegrando





Sobre a difícil arte em se relacionar, temos um  exemplo  na Santa Ceia, a mesa. Basta se doar. Assistindo “Comer, rezar e amar”,  um filme que transcede a religiosidade, a personagem Elizabeth, vivida por Julia Roberts  deixa uma pista: “nossa família esta onde nos encontramos”.
Onde esta sua família?
O mundo digital toma nosso tempo. Extrai do homem, o ócio quanto ao tratamento  interpessoal/físico. A todo momento estamos interligados a todos, presos em uma bolha. Um passo após o outro, o lugar confortável é comum.
Abrir a porta para o dito “novo”, não obstante, fenômeno esquecido; causa ânsia, angustias aflitivas a vista, em vista ao efeito de uma geração que vive reclusa em suas ostras. Migrar à fronteira que insisti em esbarrar em nossas incertezas, é necessário um salto e alçar os pés do chão,  requer malandragem, um amor insuportável a si. Que face ante todo o medo, suportamos a dor de nos despirmos de todo nosso preconceito.
Olho no relógio, já passa da uma. O silêncio aos poucos vem tomando posse nessa noite cujo adjetivo perfeito me foge agora. Um dia como outro, o diferencial, talvez seja que aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, a bola bateu na trave, reclamando o empate.
Na inexistência da falta de algo, abro a geladeira, uma cerveja… Nas pequenas caixas acopladas a meu computador, tenho a companhia de uma banda do reino UK – The Kinks. Lanço  um sorriso irônico sob o irreverente refrão   “lá lá lá…” de “Autumn Almanac”,  sinto cócegas sensoriais.
As folhas não cessam de cair, dai você se pergunta: e dai? Nossa família esta no outro. Partindo desse suposto, por quem ou o  que estamos  optando?
Só mais um  pouco de cerveja, prometo. Para quem sabe, justifique este devaneio.





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